Processos museológicos em contextos de culturas tradicionais e populares: limites e potencialidades da autogestão patrimonial - três casos para estudo

Autores

Palavras-chave:

Cultura Tradicional e Popular, Gestão Patrimonial, Museologia Social

Resumo

Este trabalho investiga estratégias de preservação de referências culturais em contextos de culturas tradicionais e populares, observando seus limites e potencialidades sob o ponto de vista da autogestão patrimonial; busca problematizar os princípios conceituais ligados aos movimentos renovadores da Museologia e sua aplicação em diferentes contextos de motivação e gestão, considerando os enunciados e os fazeres museológicos, assim como as políticas públicas de salvaguarda, no que se refere ao reconhecimento do protagonismo dos detentores dos bens culturais na administração de suas memórias. Para isso, propomos lançar um olhar museológico sobre três experiências concretas de gestão patrimonial, realizadas em modelos híbridos e em diferentes esferas institucionais, a fim de aproximá-las das discussões teórico-conceituais e identificar as reciprocidades metodológicas nos procedimentos preservacionistas. Embora revelados em fenômenos estranhos ao campo museológico, ou seja, que não se conformam em modelos consagrados e institucionalizados, esses processos culturais articulam informação, memória e cultura e colocam em relevância social os repertórios culturais identificados na relação comunidade, território e patrimônio. O reconhecimento desses processos - ao mesmo tempo fato museal e fenômeno museológico - contribui para se pensar ações de preservação, considerando o protagonismo dos detentores dos bens culturais em toda a cadeia operatória dos procedimentos de salvaguarda e de comunicação patrimoniais.

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Publicado

29/11/2021

Edição

Seção

Dissertações