Sobre a Exposição
Aspectos descritivos dos processos e percursos do planejamento museológico para a formulação de uma proposta expositiva que evidencie a trajetória do PPGMus/USP e as perspectivas de futuro, buscando projetar o patrimônio construído pelo referido programa ao longo dos 10 anos de sua existência, a partir dos registros inseridos no Dossiê Egressos.
A equipe - formada pelas estudantes e profissionais Renata Beltrão, Thaís Bender, Ana Paula Barradas, Vanessa Vasconcelos e pelo estudante e profissional Pablo Matias Bandeira – identificou como potência a interdisciplinaridade do grupo. A metodologia de trabalho teve como vetor tanto as formações acadêmicas quanto as experiências e atuação profissional de cada integrante. Essa perspectiva propiciou uma divisão sistêmica e orgânica das diversas atividades a serem desenvolvidas, tendo em vista que cada uma/um dedicou-se àquilo que tinha mais segurança, habilidade e aptidão para executar, sem deixar de participar e colaborar em outras tarefas. Em suma: os trabalhos individuais acompanharam paralelamente o trabalho coletivo, intercalados por reuniões on-line e diálogos via mensagens instantâneas em grupo de Whats App, e as decisões foram tomadas em conjunto. Outro ponto a ser evidenciado, diz respeito às ferramentas utilizadas para promover a comunicação, as discussões e as trocas entre as(os) integrantes. O contexto da pandemia COVID-19 por si só impôs barreiras físicas de diferentes naturezas, o que impediu, infelizmente, um encontro presencial. Dessa forma, diversos recursos digitais disponíveis foram amplamente utilizados para que o trabalho fosse concluído.
O texto “Programa Museológico: Subsídios”, de autoria da Profª. Drª. Maria Cristina Oliveira Bruno e ainda foi adotado como referência medular para a organização das etapas de trabalho, divididas basicamente em 03 eixos: diagnóstico, planejamento e exposição. Pretendeu-se concluir tais etapas de forma linear e progressiva, em um exercício de aplicabilidade prática e instrumental dos conceitos discutidos durante a disciplina e propostos pelo referido texto. No entanto, os limiares de cada etapa são muito tênues o que provocou a justaposição, ou ainda, a sobreposição de algumas ações. Tal plasticidade entre e das etapas são perfeitamente compreensíveis e necessárias, em certo aspecto, para criar coesão e conexão entre elas, e para dar estabilidade mútua. A fim de gerenciar etapas, prazos e tarefas foi estabelecido um cronograma que favorecesse a exequibilidade do produto final.
Posto isso, os esforços iniciais foram dispendidos na elaboração do diagnóstico, que foi realizado colaborativamente. Considerado uma importante ferramenta de gestão e estratégia metodológica, o diagnóstico permite um planejamento a médio e longo prazo compatível com a realidade de cada instituição. Da mesma forma, tem como objetivo mapear e compreender os desafios, lacunas e potencialidades de um museu – ou espaço a ser musealizado-, possibilitando uma visão mais integrada e articulada da organização ou de um problema específico, o que resultará em maior agilidade para superar os obstáculos e melhor direcionamento das ações a serem executadas. A importância dessa etapa-alicerce exigiu um prazo mais estendido para sua formulação, mas o que foi compreendido pelo grupo como indispensável para sustentar tanto as demais etapas quanto tomadas de decisão. As tópicas analisadas foram: Histórico, Estrutura, Comunicação, Programas e Projetos, Acervo, Referências externas. A finalização dessa etapa se deu com a análise Swot, realizada em concomitância com a etapa de planejamento, já em andamento.