A tecitura de uma Museologia paulista: tramas do ensino pós-graduado em São Paulo
Palavras-chave:
Ensino de Museologia, Formação, Museologia, Pós-Graduação, Teoria museológicaResumo
O presente trabalho busca percorrer as tramas do pensamento museológico que se constituiu e conduziu dois cursos de Pós Graduação em Museologia no Estado de São Paulo. Tomamos, para isto, como contexto histórico o do ensino de Museologia no Brasil, e as respectivas especificidades paulistas ali inseridas, especialmente em relação à pós-graduação neste estado. Se São Paulo possui, por um lado, uma lacuna expressa na ausência de graduação em Museologia, também há, por outro, especificidades criadas pela opção pelo ensino pós-graduado. Buscamos, portanto, entender, sob o viés do ensino pós-graduado de Museologia, como este pensamento museológico se constituiu, percorrendo para isto as tramas em torno dos cursos que formam nosso objeto de estudo: Curso de Museologia da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo -FESP; e Curso de Especialização em Museologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo -CEMMAE-USP. Para desenvolvermos o projeto de pesquisa, utilizamos análises bibliográficas e documentais em nossa metodologia. Recorremos, para isto, a fontes de pesquisa e referência dos conjuntos documentais relacionados aos dois cursos estudados. As análises destes corpos documentais foram cruzadas posteriormente com fontes orais, através de entrevistas realizadas com os ex alunos e docentes dos respectivos cursos. Este esforço consiste em uma tentativa de desvendar nosso principal objetivo: entender as características e especificidades do pensamento museológico paulista, sob o viés do ensino de pós-graduação, percorrendo para isto as tramas contidas nos conceitos de Museologia abordados nessas duas instâncias de aprendizagem.